segunda-feira, 9 de junho de 2008

Os indígenas da Ilha Grande




Muito pouco se sabe sobre os indígenas que morarom na Ilha Grande. Na minha opinião o único que até agora poderíamos afirmar categóricamente é que sim, eram nómades. O que não quer dizer que não houve nenhum assentamento importante na ilha, senão que este duravam no máximo seis ou sete anos. Nas nossas expedições foi difícil identificar ações antrópicas de origem indígena, mas não esta demais fazer a seguinte aclaração: as marcas nas rochas á beira mar, que a vox populi e algúns sites insistem em atribuir aos indios sao muito anteriores, e esta mais do que comprovado que forom feitas pelos homens-sambaqui o que implica uma antigüidade de 2000 á 4000 anos. Não seria descabelado pensar que na Ilha Grande, assim como em outros setores da costa brasileira este homen sambaqui tenha sido extingüido ou pelo menos explulso pelas tribos indígenas que-segundo as novas teorías- se espalharam do centro (Amazonia) ao litoral (peruano e brasileiro). Dadas as caraterísticas guerreiras, territoriais e antropofágicas dos Tupís, é possivel que hajan devorado a sus antecessores. Esta teoría tal vez também possa afirmarse no fato da superioridade dos índios em relação aos homens-sambaquis(botocudos?), que estavão ainda na idade da pedra. Nas sarabatanas, flechas e lanças leves o indios levavam vantagen sobre seus inimigos, porque podiam matar á distância.
Lí que na ilha as tribos indígenas eram culturalmente do periodo pré-cerámico. A pesar de nao haver achado nenhuma vasilha ou utensilho que prove o contrário , no topo do pico de Araçatiba encontramos marcas de um assentamento ao lado de um poço de argila branca ou tabatinga, que sabe-se muito usado pelos indios do litoral. Ao redor do cume desta montanha há marcas de mais de cinquenta ocas. Sao cavados circulares de dois á quatro metros de diámetro no barranco, onde supoe-se havía ocas feitas de taquara(que abunda pelos arredores) e sapé ou folhas de coqueiro. De este ponto foi tirada a foto panorâmica da baía. A distância da praia e a posição estratégica deste assentamento (pode-se ver o mar dos dois lados da ilha) me leva a refletir no seguinte: a tribo que aqui morava tinha problemas. Tal vez tinham conflitos com o grande jefe Cunhambebe, em cujo caso nao seríam Tupinambás e sim Tupiniquins que vieram da região de Paraty e Ubatuba nas suas canoas. Se fossem Goianazes nao teríam conflitos com os tupinambás, pois ambos pertencíam á Confederação dos Tamoios. Tal vez se trate de um periodo anterior á chegada dos portugueses, em cujo caso poderíam sim ser goianazes na época na que guerreavam com os tupis. Se for un asentamento posterior á chegada dos lusitanos pode que contrariamente ao que dizem que os indios daquí se entroçaram pacíficamente com os europeus, haja havido uma resistência. De qualquer forma muito ainda há para pesquisar, explorar e analisar sobre este assunto de quais indios habitavam aqui. è importante dizer que marcas circulares de ocas achamos por quasse todas partes onde fomos. Umas mais perto do mar do que outras, grupos de dez ou vinte. Mas sem dúvida esta do morro de Araçatiba é a mais importante achada até agora. As cavas se organizam em forma de coroa ao redor do cume. Há uma espécie de patio central, plano, bem no pico. Um calçadão de uns 30mt por 6mt de largura e dois de fondura, cavado de propósito. É uma usina de tabatinga onde acumula-se a água da chuva e na época de seca se cavar acha água(filtrada). Nao há água nas redondezas. Por que uma tribo iria morar num lugar tao seco com tanta água na ilha?. Outro motivo para pensar que estes não eram os índios que comercializavam com os europeus. Compartilhando atrvés do tempo a magnífica vista panorámica, imagino as indias cozinhando neste pátio, outras mascando e cuspindo a mandioca, ou todas berrando para seus homens que caçavam na floresta que havía um invassor se aproximando.

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